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Agenda lotada, filhos esgotados!


Hoje em dia é comum os pais saírem para trabalhar e os filhos serem direcionados para as escolas, cumprindo muitas vezes uma carga horária de no mínimo oito horas por dia, onde suas obrigações são em conformidade aos acordos entre pais e escolas. Há também, os que cumprem meio período, que vai de quatro a cinco horas, onde o restante é preenchido por várias atividades, entre as mais comuns: cursos de idiomas, natação, computação, futebol, academia, dança, música, artes em geral dentre outras.
Quando a criança é pequena e passa o dia na escola esta agenda é cumprida pela própria escola que se encarrega de levá-la e buscá-la, quando os cursos são fora do ambiente escolar. Há também as que ficam sob a responsabilidade de empregados, avós, que se incumbem de transportá-las. Há ainda os casos de mães que não trabalham fora do lar e passam o dia levando os filhos de um lado para outro para que suas agendas sejam cumpridas.
Por que isto se tornou uma necessidade? Será que é para preencher o tempo, pois os filhos hoje são muito precoces e ativos e os pais não dão conta deles? Será que os pais querem que seus filhos sejam “super filhos” e sejam desenvolvidos em muitas áreas ao mesmo tempo? Será que é por um sentimento de culpa, principalmente das mães por passarem o dia longe dos filhos se dedicando ao trabalho e com isto seria uma forma de compensação pela sua ausência?
Penso que além da compensação pela ausência materna existe, também, a preocupação dos pais em não deixar os filhos desocupados, principalmente por uma questão de protegê-los de más companhias, de ficarem na rua à mercê da violência, de desenvolverem hábitos não saudáveis como: os vícios de fumar, beber, drogas e sexo; de vícios em computador, televisão, jogos, videogames e acessar sites indevidos na internet.
Pelo lado dos filhos já está comprovado o alto índice de estresse e depressão em crianças e jovens
Pelo lado dos filhos já está comprovado o alto índice de estresse e depressão em crianças e jovens por conta de autopressão para cumprir esta agenda lotada. Qual será o futuro para estas crianças e jovens que estão perdendo o espaço da infância e da juventude tendo que desde cedo cumprirem uma rotina que os coloca sob pressão e tensão. Será que é isto que os pais querem para seus filhos e para si mesmos? Como equilibrar a proteção necessária aos filhos e o dar-lhes o espaço para que se desenvolvam de forma saudável?
Este assunto é bem delicado e mexe com toda a estrutura familiar, além do alto investimento para dar conta de pagar todas as atividades; isto vem atingindo principalmente a classe intermediária, gerando um ciclo vicioso, pois quanto mais cursos os filhos fizerem, mais os pais terão de trabalhar para sustentarem as despesas. Por outro lado, a mãe que se sente culpada por deixar os filhos em casa ou na escola, acaba por aceitar sua situação dizendo para si mesma que necessita trabalhar, pois do contrário não haverá recursos financeiros para sustentar todos os cursos e atividades.
Há, também, a cobrança dos pais em relação ao nível de aproveitamento dos filhos, como forma de recompensa por seus esforços para poderem sustentar as atividades. Com isto, vem a pressão que muitas vezes não é bem lidada por parte dos filhos gerando o esgotamento físico, psíquico e emocional. Ainda há os casos de pais que necessitam se realizarem através dos filhos cobrando-lhes uma “alta performance” em tudo o que fazem, desde notas altas até medalhas em competições. Para estes pais não importa como os filhos se sentem, o que realmente querem ou o que pensam, pois o que importa é que eles sejam excelentes em seus desempenhos. Existe ai uma questão de orgulho em mostrar à sociedade e aos outros a capacidade maravilhosa de seus filhos, mesmo pagando um alto preço por isto, pois no final a tendência é encaminhá-los para terapias para que possam se conhecer melhor e encontrar seus verdadeiros talentos.

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